quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Cegueira é uma metáfora.

Quem é essa que vive como sua sombra? Quem é ela? Enxergo meio embaçado daqui de trás da minha redoma... também não enxergo muito de longe, acho que preciso de óculos. Porque ela gosta de tudo que você fala? Ela quer estar no meu lugar, não é?  É errado demais me preocupar com isso? Me condenas por sentir o sangue ferver em cada vaso e capilar meu, com algum simples comentário dela sobre nosso amor (ou sobre quaisquer banalidades da vida)? É contra-lei o meu ciúmes (só o chamo assim porque ainda não inventaram palavra para denominar...)? Só eu me incomodo com a ousadia e a insistência dela em se fazer presente e lembrada trazendo, por vezes todo o seu passado à tona novamente? Sabendo que esse vai cair como uma bigorna sobre o meu frágil coração (e também estômago), mesmo que o fato pese como uma folha de papel não escrita... Qualquer tchurutchuru é uma bateria de escola de samba...  É errado não gostar que ela seja querida pela sua família (ou mesmo lembrada de passagem)? Pecado desejar que você não tenha nenhum contato com ela? Muito feio sonhar que ela nunca existiu na sua vida (nem se quer um aperto de mão, quanto mais beijos e abraços...)? É cruel e condenável, mas eu desejo mal a ela (as vezes, muitas vezes, confesso)... me condeno por isso e reconheço que não é o correto (ou o que os politicamente hipócritas chamam de correto). Espero que Deus me perdoe pelos meus maus pensamentos (não quero ir pro inferno), e você também.



 Brenda