quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"Vem ni mim verão!"

Primeiras conversas num quiósque até tarde, café da manhã em uma mesa bagunçada e empoeirada, metade de um filme de terror assistido milhões de vezes, fotos, livros, tédio. Açaí e uma conversa ao entardecer.

Assim é poder nos reencontrar. Nada para fazer,mas o simples fato de termos uma à outra supera o ócio que nos consome durante as 30 horas (apenas,e de muitas que ainda temos pela frente) em que estamos juntas. É quase inacreditável  a quantidade de palhaçadas e piadas internas já existentes em tão pouco tempo. A verdade é que essas férias ainda vão render muuuuuitas resenhas!  Que junto com 2012 venham muitas coisas boas, mudanças, crescimento, amadurecimento. Mas junto com tudo isso, é válido também fazer besteira, aprontar de vez em quando, sempre lembrando que erros e juízo caminham juntos.


Homenagem pelos 10 anos sem Cássia Eller.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

'Aos olhos da saudade como o mundo é pequeno.'

Saudade...não é uma palavra fácil de ser definida,porém o dicionário conseguiu resumir em algumas palavras o essencial: 'recordação ao mesmo tempo triste e suave,de pessoas ou coisas distantes ou extintas,acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las;pesar pela ausência de pessoas queridas;nostalgia'.





Sim,é isso o que sentimos quando pensamos em saudade,pelo menos é o que achamos sentir,ou nos ensinaram assim. Sinto saudades no momento,de bastante coisa aliás,mas infelizmente não consigo achar uma definição que me faça ser entendida por você leitor,terei que me encaixar generalizantemente na definição do dicionário...Seja lá quem você for,sei que já sentiu saudade.Embora você simplesmente não consiga entender ou explicar,é o tipo de sentimento que você sabe que está dentro de você a todo momento,pronto para ser manifestado quando sentir necessidade. A verdade é que a saudade,como todos os outros sentimentos que o ser humano é capaz de experimentar,é abstrata e nunca será possível materializá-la. Esse é um tema que nos leva a pensar em muitas coisas,e nos faz fugir do que é esperado...Eu cheguei a tal ponto em que tentar expressar o que sinto já não é mais possível,falar de saudade,amor,carinho,ternura,são assuntos que me fascinam mas ao mesmo tempo me repelem,justamente por me sentir limitada e impotente diante deles. Com toda essa reflexão,só consigo chegar à conclusão que sentir saudade é humano,é preciso,pois só sabemos o quanto gostamos de alguém/coisa quando conseguimos compreender que aquilo era importante em nossas vidas. Podemos sentir saudade apenas por um tempo,mas todos nós sabemos que esse tempo,por mais curto que seja se torna um eternidade e parece nunca chegar ao fim. A saudade pode ser para sempre também,e o que devemos fazer não é eliminá-la de nossas vidas,mas sim saber conviver com essa que pode ser nossa inimiga ou "companheira". Para concluir,o que percebo depois de tudo,é que a saudade leva à lembranças,lembrança é sinônimo de memória,está tudo interligado,não saberímos viver sem esse sentimento,é fundamental para nos sentirmos humanos,numa conversa ao entardecer


Bruna

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Meu coração pulsa e dança. Porque não sei sentir sem ritmo.

"Quem não ouve a melodia acha maluco quem dança"  Oswaldo Montenegro

Clique na imagem - Faça a bailarina dançar.
Viver é como dançar... Por vezes estar silencioso, sereno... Por vezes sonoro e vívido.  Pode-se dançar juntinho, como um casal à luz da lua, ou quem sabe à sós com seus próprios pensamentos. É preciso ser flexível, maleável, livre, leve, solto. É preciso estar aberto às oportunidades, ao próximo passo, ao próximo salto. Tenha expressão: Sorria nos momentos felizes, aproveite-os ao máximo. Chore com vontade mesmo com as pequeninas tristezas (saudades são um bom exemplo)... Ter expressão é exatamente dançar conforme a música, viver intensamente, cada momento. Hoje, sentindo o sol esquentar cada milímetro de pele das minhas costas pensei na minha vida, em que tipo de dança eu queria estar. Eu olhava para a minha amiga-mãe do meu lado a tomar sol e também pensar na vida e só conseguia pensar no que seria daqui pra frente. Ela me acolheu com tanto carinho, mesmo como uma filha.. mulher especial que é. Quero nos próximos verões (ou invernos rigorosos), dançar com tamanha serenidade tal qual essa mulher, com alma de menina, criança. Crescer a cada  salto, a cada passo a cada olhar indiscreto. É um lema. Entender porque as coisas acontecem e depois relatá-las numa conversa ao entardecer.



Brenda

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A inspiração

" Um dia de cada vez, que é pra não perder as boas surpresas da vida."


Assim disse a grande escritora Clarice Lispector. Porém suas frases e livros nem sempre foram tão fáceis de serem entendidos por todos. Com um jeito irreverente e próprio de escrever,Clarice Lispector saía de amada para odiada por leitores em uma rapidez estupenda. É muito verdade que sua forma de traduzir seus sentimentos por meio de palavras se distingue totalmente de escritores que vieram antes e depois dela. Eu,particularmente sou fã de suas obras,e me baseio muito nas coisas que escreveu,procurando aprender em seus devaneios psicológicos e introspectivos. Se está pensando que quero ser escritora,ou ainda que meu estado mental se assemelha ao da própria Clarice no fim de sua carreira (sim,ela ficou louca!),são pensamentos plausíveis,mas não encontro veracidade nos mesmos. Apenas procuro me achar em suas frases e obras. Aliás,acho que era esse o objetivo de Clarice Lispector quando escreveu livros e contos em sua maioria de difícil compreensão,ela queria que todos se lembrassem dela depois de algum tempo,que suas frases não caíssem no esquecimento,e que fosse reverenciada (por poucos que seja). Queria que o leitor se entregasse à meditação,e é exatamente o que tento fazer. Para mim (e para muitos),Clarice Lispector é algo estranho e ao mesmo tempo fascinante,que prende a atenção de maneira que não consegue mais fugir até que encontre o desfecho. Assim são muitas coisas na vida,não podemos deixar inacabadas,e no final é essa a relação que eu buscava. As obras de Clarice Lispector são portas que são abertas a cada página que é passada,e na vida,cada passo pode ser um novo começo,uma nova porta que se abre. A forma como Clarice mudou o jeito clássico da literatura,me deixa intrigada e inspirada,numa conversa ao entardecer.


                                                                       
                                                                    


  Bruna

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"A loucura é só uma questão de ponto de vista."


Tim Burton
É realmente complicado entender o que se passa dentro da cabeça das pessoas. Mas algumas pessoas, julgadas erroneamente como loucos ou mentes perturbadas, no meu conceito, podem simplesmente ser mentes geniais mal compreendidas. Chega um momento da vida de todas pessoas em que elas precisam decidir "o que vão ser quando crescer". Eu me encontro nesse momento... E quando me perguntei pela primeira vez o que eu realmente gostaria de fazer só uma coisa me veio na cabeça! Ah como eu achava fascinante toda aquela produção gigantesca dos filmes de grande porte. Era isso sim! Eu me via ali, seja produzindo, dirigindo, escrevendo... Mas, como sempre na vida, fui julgada, de fato. As pessoas se achavam no direito de dizer o que eu deveria ou não fazer da minha vida... É, talvez todo mundo passe por isso, ou não. Será que os grandes gênios do cinema, da literatura, das artes em geral, também passaram por isso? É uma dúvida que carrego comigo. Artistas são mesmo assim, excêntricos, impulsivos, criativos, geniais. É isso que eu quero para mim, quero ver a vida do meu jeito... Como viram os grandes artistas e intelectuais. Eu vejo uma vida colorida e atribulada, e planejo numa conversa ao entardecer.










                                                                                                                                                             
           

                                                                                             
                                                                                                                  Brenda

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Do início ao fim...


É sem dúvida incrível fechar um ciclo em nossas vidas,quando estamos rodeados de pessoas que gostamos então,é prazeroso e incrível. Gostaria de começar me apresentando,esse é um ponto realmente crucial para entenderem porque esse ano foi tão importante pra mim. Sou relativamente sensível,amo intensamente (odeio também haha),tento ser amigável,agradável,realmente me esforço pra isso,espero conseguir êxito,mínimo que seja. Tenho outras qualidades,porém não superam meus defeitos,e mesmo assim,citá-los os cansaria. Em 2011,me apresentaram um sentimento verdadeiro e puro que desconhecia até mais ou menos setembro,o de amar de verdade. É até difícil de explicá-lo,mas quem já o sentiu sabe do que estou falando. Não é um amor de família,ou de amigos,esse eu já conhecia. É um sentimento que se assemelha sim ao laço de amor e ternura de primas,por exemplo. O quem têm em comum? serem inenarráveis. Olhando para trás consigo ver um mar de gente que entrou e saiu da minha vida,mas consigo perceber também que apenas os que valem a pena de verdade ficaram,e por isso não tenho pena de dizer que não me importo com os que saíram. Minha vida esse ano foi um porto em que entram e saem navios,que deixam passageiros em seus destinos e levam pessoas que não querem mais ficar ali,assim também são os passageiros que chegaram na minha vida e os que saíram por não mais pertencerem àquele lugar. Posso dizer hoje,que o que mais quero é que os amores que conquistei possam se juntar para que possamos ter conversas ao entardecer,rir de fatos engraçados,chorar dos tristes,e entender que pessoas devem sim chegar e sair,mas que com elas devemos aprender alguma coisa que levaremos conosco,para sempre. 




                                                                                                                                               Bruna

sábado, 10 de dezembro de 2011

E pelo mundo a fora...

Claro que a vida puxa as pessoas para lados diferentes... Mas se você tem um laço sanguíneo, fica mais fácil de mantê-lo. As duas garotinhas de antes (agora mulheres) eram e são amigas, e primas, o que torna esse laço eterno. Mas claro que as duas conheceram o mundo e para ele deixaram as portas abertas.
Eu sou uma delas, muito prazer. E eu digo, fácil, prazeroso e encantador é conhecer o mundo. E encontrar pessoas, e reencontrá-las também. Muita gente boa atravessou meu caminho. Muita gente ruim também.. Mas dessas eu prefiro nem me lembrar, não vale a pena, afinal. Esse ano foi intenso no quesito entra e sai de pessoas. De muitas eu vou querer me lembrar sempre, outras nem tanto. Crescer não é fácil e para mim esse assunto já está batido. Ma gosto muito de ver o quanto eu cresci em tão pouco tempo. Não falo de tamanho, acho que devem ter entendido. Falo de experiências, falo de sensações, falo de sentimentos e opiniões. Se quero me descrever, nada melhor do que citar esse ano. Ano de explosões... explosões de criatividade, de indecisão, de ser. Do meu ser, de quem eu sou e do que eu penso de quem "é" à minha volta.
O ano está quase no fim... E eu pretendo fechar ele com chave de ouro. E se vocês têm interesse em saber, é isso mesmo que estou fazendo. Mas não precisa ser de um jeito grandioso, se é isso que pensam. Na verdade, as melhores formas de se terminar um ano bem são as formas simples, como numa tarde de domingo, com alguém especial, numa conversa ao entardecer.



                                                                                                Brenda
                      

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O paraíso traduzido em palavras




Daí,o tempo mais aguardado chega,hora do reencontro depois de muito sem se ver. Tempo antes tido apenas como tradição familiar,hoje tempo de alegrias,risadas,choros,cantoria,filmes,fofocas e coisas que só as primas,companheiras,amigas e acima de tudo irmãs,podem entender. Aaah férias,como demoram a chegar,e passam como um passarinho em uma conversa ao entardecer.Explicar uma ligação tão forte é impossível,é quase desesperadora a ideia de tentar se expressar,mas não conseguir, Felizmente,no momento em que nos vemos essa possível tentativa de explicação se traduz em sorrisos sinceros e abraços apertados. Embora a despedida seja o momento menos desejado,a certeza do reencontro parece amenizar toda a força que faríamos para que 1 mês se tornasse 1 ano.




                                                                                           Bruna

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Um começo, sob as cores do céu e a leveza do mar.

Avermelhado, alaranjado, tons de rosa e de azul. O colorido do céu ao entardecer se encontra lá no horizonte com o verde intenso e acolhedor do mar. Sentadas na areia, a brisa no rosto e nos cabelos, quase todo o tempo em silêncio. Naquele momento não precisariam falar nada. Era como se o céu e o mar falassem por elas, contassem a sua própria história. A história de duas garotinhas, dias meninas, adolescentes, mulheres. Cresceram juntas, passando pelos problemas de cada fase da vida, mas uma se apoiando na outra, de modo que tudo correu de um jeito mais leve, suave, como aquela onda que acaba de quebrar na beirinha do mar. A distância nunca foi empecilho para nada, sobretudo para quem se ama, amor de irmã, como amor das ondas pelas estrelas, distantes, mas cúmplices. As estrelas que aparecem em meados do entardecer, embebidas na mistura das cores do céu que flerta com a noite. É como se nessa hora do dia, a hora do crepúsculo, tudo fosse mais claro. A luz bate de um jeito diferente, especial. É como se tudo tivesse um sorriso, uma coisa verdadeira de existir. Até os sentimentos ficam mais aparentes, verdadeiros, à flor da pele. Sorrisos aparecem do nada, lágrimas presas rolam em um misto de desespero e alívio, sem falar das palavras, que garoam com leveza das bocas de pessoas encantadas com o pôr-do-sol. É assim que surgem as conversas mais agradáveis do dia. Nada melhor do que alguém com quem dividir angústias e felicidades e observar o adormecer do sol e o despertar das estrelas. Assim são as conversas ao entardecer. 



                                                                          Brenda