quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Um começo, sob as cores do céu e a leveza do mar.

Avermelhado, alaranjado, tons de rosa e de azul. O colorido do céu ao entardecer se encontra lá no horizonte com o verde intenso e acolhedor do mar. Sentadas na areia, a brisa no rosto e nos cabelos, quase todo o tempo em silêncio. Naquele momento não precisariam falar nada. Era como se o céu e o mar falassem por elas, contassem a sua própria história. A história de duas garotinhas, dias meninas, adolescentes, mulheres. Cresceram juntas, passando pelos problemas de cada fase da vida, mas uma se apoiando na outra, de modo que tudo correu de um jeito mais leve, suave, como aquela onda que acaba de quebrar na beirinha do mar. A distância nunca foi empecilho para nada, sobretudo para quem se ama, amor de irmã, como amor das ondas pelas estrelas, distantes, mas cúmplices. As estrelas que aparecem em meados do entardecer, embebidas na mistura das cores do céu que flerta com a noite. É como se nessa hora do dia, a hora do crepúsculo, tudo fosse mais claro. A luz bate de um jeito diferente, especial. É como se tudo tivesse um sorriso, uma coisa verdadeira de existir. Até os sentimentos ficam mais aparentes, verdadeiros, à flor da pele. Sorrisos aparecem do nada, lágrimas presas rolam em um misto de desespero e alívio, sem falar das palavras, que garoam com leveza das bocas de pessoas encantadas com o pôr-do-sol. É assim que surgem as conversas mais agradáveis do dia. Nada melhor do que alguém com quem dividir angústias e felicidades e observar o adormecer do sol e o despertar das estrelas. Assim são as conversas ao entardecer. 



                                                                          Brenda

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